"Não quis dizer o que disse". CEO da Adidas pede desculpa após defender Kanye West
Dias depois de defender Kanye West, o CEO da Adidas, Bjorn Gulden, veio a público pedir desculpa pelos comentários que causaram alvoroço público.
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Na semana passada, Bjorn Gulden, que entrou na Adidas após o início do escândalo com o rapper Kanye West, também conhecido por Ye, disse, numa entrevista ao podcast “In Good Company", que o artista não "falou a sério" quando fez os comentários antissemitas que puseram fim à sua colaboração com a marca alemã de roupas desportivas. “Muito lamentável, porque não acho que ele quis dizer o que disse e não acho que seja uma pessoa má – simplesmente pareceu assim”, disse Gulden.
Agora, o CEO da Adidas pediu desculpa pela declaração. "A nossa decisão de encerrar a nossa parceria com Ye devido aos seus comentários inaceitáveis foi absolutamente correta. A nossa atitude não mudou", disse a Adidas, em comunicado enviado à AFP, esta sexta-feira.
O chefe da Liga Antidifamação, Jonathan Greenblatt, disse também no X (anteriormente conhecido como Twitter) que Gulden "pediu desculpas pela declaração incorreta". O CEO conversou com Greenblatt e “reiterou que a Adidas está comprometida em combater o antissemitismo”.
Comentários antissemitas de Kanye West no ano passado custaram-lhe muito em negócios perdidos. A Adidas cortou relações com o artista após uma parceria de quase uma década, abandonando as suas sapatilhas da marca Yeezy. Desde então, a marca tem tentado escoar os produtos, cuja parte da receita vai para organizações como a ADL e o Philonise and Keeta Floyd Institute for Social Change.
A Gap e a Balenciaga também cortaram relações com o rapper e designer.