"Não sou um menino da igreja". Robert Kennedy Jr. reage a acusação de agressão sexual
"Não sou um menino da igreja". Foi com estas palavras que Robert F. Kennedy Jr reagiu a uma alegação de que agrediu sexualmente uma funcionária.
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A acusação foi feita por Eliza Cooney, que trabalhava para Kennedy e a sua então mulher como "babysitter" na casa da família em Mount Kisco, Nova Iorque, à "Vanity Fair". Segundo a mulher, a agressão aconteceu em 1998, quando Kennedy lhe tocou na perna numa reunião de negócios e, mais tarde, apareceu sem camisa no seu quarto antes de lhe pedir para passar creme nas suas costas. Alguns meses depois, Kennedy apalpou Cooney na cozinha, ato que foi interrompido quando um outro funcionário entrou na divisão.
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", Cooney disse que manteve a suposta agressão em segredo até que o movimento #MeToo levou muitas mulheres a contar histórias de abuso em 2017. Contou à mãe e, depois de Kennedy ter anunciado a sua campanha para a presidência dos EUA em 2023, contou a dois amigos e à advogada, Elizabeth Geddes.
Questionado sobre estas acusações no podcast "Breaking Points", Kennedy disse que "o artigo é muito lixo”, acrescentando_ "Não sou um menino da igreja". “Eu disse que tive uma juventude muito, muito indisciplinada. Eu disse no meu discurso de anúncio que tenho tantos esqueletos no meu armário que, se todos pudessem votar, eu poderia concorrer ao cargo de rei do Mundo. A Vanity Fair está a reciclar histórias de há 30 anos. Não vou comentar os detalhes de nenhum deles. Mas, sabe, eu sou quem eu sou", afirmou.
Robert Kennedy Jr., de 70 anos, concorreu inicialmente contra Joe Biden pela indicação democrata antes de lançar uma campanha como independente em outubro do ano passado.
Como filho de Robert F. Kennedy, o senador dos EUA por Nova Iorque que foi assassinado em 1968, e sobrinho de John F. Kennedy, que foi assassinado enquanto presidente em 1963, a campanha de Kennedy atraiu atenção, mas tem sido repleta de controvérsias. Em julho de 2023, surgiu um vídeo de Kennedy a fazer falsas alegações de que a covid-19 era “etnicamente direcionada” para atacar negros e brancos. Além disso, afirmou que a Wi-Fi causa “fugas cerebrais”. O candidato também associou os antidepressivos a tiroteios em escolas e afirmou que os produtos químicos na água estão a tornar as crianças transexuais.
Antigo advogado ambiental, Kennedy tem 9,1% dos votos nacionais, de acordo com a média do "FiveThirtyEight".