A NATO afirmou, esta sexta-feira, que os seus ataques nos últimos três dias contra as forças leais ao coronel Kadafi as afectaram seriamente, sublinhando que as tropas do regime não dispararam quinta-feira qualquer morteiro contra Misrata, que cercam há dois meses.
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"O que importa à NATO é que os ataques contra os civis têm diminuído" e que "ontem, nenhum bombardeamento a Misrata foi relatado à NATO", declarou à imprensa o porta-voz da operação Protector Unificado, o tenente-coronel britânico Mike Bracken, a partir do quartel-general de Nápoles (sudoeste de Itália).
A NATO não pode confirmar se os rebeldes tomaram o aeroporto de Misrata porque "não têm tropas" no terreno, mas "os barcos com ajuda humanitária, que retiram os refugiados ou se dedicam a actividades comerciais, entram e saem do porto" em segurança.
"Mais de 20 barcos puderam entrar livremente no porto de Misrata nas últimas 72 horas", indicou o tenente-coronel.
Mike Bracken assegurou que os ataques aéreos da NATO "a Tripoli, à volta de Syrte e da cidade portuária de Misrata, tiveram um impacto significativo, afectando os postos de comando do exército do regime de Kadafi, os seus fornecimentos em munições e armamento e a sua capacidade de lançar ataques".
Entre os alvos atingidos, o tenente-coronel indicou "cinco radares, 11 rampas de mísseis terra-ar, três lança-'rockets' do tipo BM21, dois veículos, vários depósitos de munições e diferentes postos de comando e de controlo em todo o país".