O naufrágio ocorrido esta quinta-feira, ao largo da Líbia, terá provocado uma centena de mortos, segundo relatos de sobreviventes feitos à chegada à Itália.
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Um balanço inicial feito pelo capitão Antonello de Renzis Sonnino, porta-voz da Operação Sofia, a força naval europeia contra o tráfico humano, indicava entre 20 a 30 vítimas.
No entanto, alguns migrantes que foram salvos relataram, quando chegaram à Sicília, que há uma centena de pessoas desaparecidas, segundo Flavio Di Giacomo, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
As mesmas fontes indicaram que viajavam no barco 650 pessoas, na sua maioria de nacionalidade marroquina, habitualmente menos presente nos candidatos à imigração para a Europa pela via da Líbia, segundo a OIM.
As forças militares da Marinha conseguiram socorrer 562 pessoas, e o número de desaparecidos poderá ser de uma centena, o que leva as autoridades a concluir que esta poderá ser uma das tragédias mais importantes no mar desde que se iniciou a crise no mar Mediterrâneo.
Di Giacomo também disse que é raro surgirem embarcações tão grandes com cascos de metal, provenientes da Líbia, já que habitualmente vêm do Egito.
Entre os sobreviventes interrogados pelas equipas da OIM estão também tunisinos e duas famílias sírias residentes na Líbia há vários anos.
Este novo drama ocorre no dia seguinte ao de uma tragédia semelhante na sequência da qual morreram cinco pessoas quando a embarcação onde seguiam adornou também.
De acordo com os números do Alto Comissariado para os Refugiados (HCR) de 25 de maio, desde o início do ano 37785 pessoas chegaram a Itália.
No mesmo período, 1370 migrantes e refugiados perderam a vida na tentativa de atravessar o Mediterrâneo com destino à Europa, um número que representa uma queda de 24 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2015 (1792), fez saber na passada terça-feira a OIM.