O neonazi norueguês hoje detido em França podia estar a "preparar um ato terrorista de envergadura", informou o Governo francês.
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Identificando Kristian Vikernes como "black metal rocker" e "próximo do movimento neonazi", o Ministério do Interior francês considera, em comunicado, que o norueguês é "uma potencial ameaça para a sociedade, como o atesta a violência das suas propostas intercetadas na internet".
Também os investigadores da secção antiterrorista do Ministério Público de Paris acreditam no "potencial perigo" do norueguês, simpatizante de Anders Behring Breivik, autor do assassínio em massa que, a 22 de julho de 2011, causou 77 mortos em Oslo e na ilha de Utøya, a norte da capital da Noruega.
Kristian Vikernes, conhecido como "Varg", de 40 anos, e a mulher, a francesa Marie Cachet, de 25 anos, foram detidos na sua residência, onde vivem com os três filhos, na pequena comuna de Salon-la-Tour, no departamento de Corrèze (Centro de França).
Nos anos 1990, o norueguês foi condenado a 21 anos de prisão, pelo homicídio de um amigo. Depois de cumprir 16 anos da pena, saiu em 2010 e instalou-se em França.
Vikernes estava a ser vigiado pelas autoridades francesas e, no início de julho, a secção antiterrorista de Paris abriu um inquérito, depois de a sua mulher ter comprado armas legalmente.
Na busca à residência do casal, a polícia encontrou cinco armas, quatro delas carabinas de calibre 22.
Vikernes foi um dos destinatários do manifesto de Breivik, um texto de conteúdo extremista redigido ao longo de vários anos e divulgado pouco antes dos ataques de Oslo.