O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu este sábado que a guerra com o Hamas terminará quando estiver concluída a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, que prevê o desarmamento do movimento islamita.
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"A segunda fase inclui também o desarmamento do Hamas, ou mais precisamente, a desmilitarização da Faixa de Gaza e, antes disso, o confisco das armas do Hamas", disse Netanyahu numa entrevista televisiva ao Canal 14.
"Quando isto for realizado com sucesso - espero que de forma simples, mas se não, da forma mais difícil - então a guerra terminará", acrescentou o chefe do Governo israelita.
O plano de cessar-fogo - mediado pelos Estados Unidos e apoiado pelo Egito, Jordânia e Arábia Saudita - prevê três fases: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a reconstrução gradual do território, sob supervisão internacional.
A segunda etapa, centrada na "desmilitarização", continua a ser a mais controversa e a que Israel considera essencial para pôr fim ao conflito.
Durante a mesma entrevista, Netanyahu confirmou ainda que se recandidatará nas próximas eleições legislativas.
Questionado sobre se tencionava candidatar-se novamente ao cargo de primeiro-ministro, respondeu positivamente e, à pergunta sobre se vencerá, respondeu da mesma forma.
Como líder do Likud e figura dominante da política israelita nas últimas três décadas, Netanyahu soma mais de 18 anos no poder, com interrupções, desde 1996 - um recorde na história do país.
O atual mandato tem sido marcado por protestos repetidos contra a sua proposta de reforma judicial e, mais recentemente, por fortes críticas das famílias dos reféns mantidos em Gaza, que o acusam de ter demorado a negociar a sua libertação.