As mesas de voto na Venezuela abriram à hora prevista, seis da manhã, para eleger o presidente e os conselhos legislativos das 23 entidades federais e dos 335 municípios.
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A agência espanhola Efe constatou no local que as mesas de voto em Caracas e no interior do país já estavam a receber os primeiros eleitores às seis da manhã (11 horas em Portugal continental). Foram instaladas 34143 mesas eleitorais em 14 mil centros de votação, que vão encerrar pelas 18 horas locais (23 horas em Portugal continental), permanecendo abertos para lá da hora os que tenham eleitores à espera para votar.
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, foi o primeiro a votar no seu centro eleitoral, a oeste de Caracas, numa votação em que procura a reeleição e em que o grosso da oposição não participa por considerar o ato eleitoral fraudulento.
Conselho Nacional Eleitoral proíbe Maduro de pagar bónus a eleitores
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, Tibisay Lucena, informou que o CNE proibiu Nicolás Maduro de pagar bónus aos eleitores.
"Não vai haver pagamento de bónus nem incentivo monetário nos pontos", afirmou a presidente do CNE, que assegurou que Maduro comprometeu-se a aceitar este e outros pedidos feitos pelas autoridades.
O anúncio de Tibisay Lucena surge depois de, ao longo da campanha eleitoral, o Presidente venezuelano ter oferecido aos seus apoiantes bónus em bolívares (moeda local) a quem fosse fosse votar nas eleições "livremente".
Mais de 20,5 milhões chamados a votar
Mais de 20,5 milhões de venezuelanos são chamados às urnas para eleger o Presidente da República, que dirigirá a Venezuela até 2025.
O chefe de Estado, Nicolás Maduro, deverá ser reeleito. As eleições foram boicotadas pela generalidade da oposição - a Mesa de Unidade Democrática, principal coligação da oposição, apelou à abstenção - e consideradas fraudulentas por vários países.
Para além de Nicolás Maduro, concorrem outros três candidatos: Henri Falcón (dissidente do chavismo), o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.
O processo eleitoral vai ser acompanhado por missões de observadores de Angola, Etiópia, Mali, Moçambique, Palestina, República Dominicana, Rússia, África do Sul e Suriname. No país encontra-se também o ex-presidente do governo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero.
As fronteiras com a Colômbia, a Guiana e o Brasil foram encerradas na noite de sexta-feira e vão ser reabertas na noite de segunda-feira.
Trezentos mil oficiais das Forças Armadas Venezuelanas têm a missão de garantir a segurança do material eleitoral e dos centros de votação, ao abrigo da operação Plano República, na qual participa também o Ministério Público.