O Nobel da Física foi, esta terça-feira, atribuído a três cientistas por terem detetado as ondas gravitacionais previstas por Einstein.
Corpo do artigo
O prémio vai ser partilhado pelos cientistas Rainer Weiss, Barry C. Barish e Kip S. Thorne pela sua "decisiva contribuição" para a observação das ondas gravitacionais, segundo o Comité Nobel.
O trabalho dos três cientistas abrem uma nova janela para o conhecimento do universo. O júri do Prémio Nobel destacou os seus "contributos decisivos" para a observação de ondas gravitacionais, que são considerados um avanço fundamental na investigação que vem confirmar o que antecipou Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral.
Os cientistas foram fundamentais para a primeira observação de ondas gravitacionais em setembro de 2015. Quando foi anunciada vários meses depois, foi considerada uma descoberta que abalou o mundo científico.
As ondas gravitacionais são ondulações extremamente fracas no tecido do espaço e do tempo, geradas por alguns dos eventos mais violentos do universo.
As ondas foram detetadas pelos laureados na sequência de uma colisão de dois buracos negros a cerca de 1,3 mil milhões de anos-luz de distância.
Rainer Weiss é investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Barry Barish e Kip Thorne do California Institute of Tehnology.
Rainer Weiss vai receber metade do montante do Prémio Nobel da Física e os outros dois investigadores partilham a restante metade.
O prémio Nobel da Física 2016 tinha sido atribuído a David J. Thouless, e a F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz pelas descobertas teóricas sobre as fases de transição da matéria.
No ano passado, o Nobel da Física tinha sido atribuído ao físico escocês David James Thouless, juntamente com Duncan Haldane e John Michael Kosterlitz.
Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.
Foram atribuídos até hoje 110 prémios Nobel da Medicina e em apenas 47 vezes foram entregues a um único laureado, enquanto John Bardeen recebeu o prémio por duas vezes.
O mais novo laureado com este Nobel foi Lawrence Bragg, de 25 anos de idade, que foi distinguido em 1915 em conjunto com o seu pai.