O prémio Nobel da Paz foi atribuído, esta sexta-feira, à Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN), que agrupa um conjunto de organizações não governamentais de cerca de 100 países.
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A distinção, atribuída pelo Comité Nobel norueguês, deve-se ao trabalho na "chamada de atenção para as consequências humanitárias catastróficas do uso de armas nucleares" e aos "esforços inovadores para alcançar uma proibição baseada em tratados".
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De fora, ficaram os protagonistas do acordo nuclear iraniano: o ex-secretário de Estado norte-americano John Kerry e os chefes da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif e Federica Mogherini.
Ao todo, foram apresentadas 318 candidaturas, entre as quais a do papa Francisco, a dos Capacetes Brancos sírios - voluntários que já salvaram mais de 60 mil pessoas do conflito no país - e a da União Americana para as Liberdades Civis (ACLU).
O bloguer saudita encarcerado Raef Badaui e as vozes independentes na Rússia (Svetlana Gannuchkina) e na Turquia (o diário Cumhuriyet e o seu ex-diretor no exílio, Can Dundar) também entraram na corrida.
No ano passado, o Nobel foi para o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, distinguido pelos esforços na restauração da paz no país.