Os Estados Unidos vão reconhecer, esta segunda-feira, a cachaça como produto do Brasil, na reunião entre os Presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff, facilitando a exportação da bebida para os Estados Unidos.
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Segundo a Agência Brasil, o Brasil e os Estados Unidos têm disputas comerciais por divergências na imposição de barreiras tributárias e elevados impostos.
Na reunião de hoje, entre Rousseff e Obama as tensões vão ficar de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro.
Obtida pela destilação do caldo de cana de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça é tradicionalmente usada na elaboração da caipirinha, que se tranformou numa marca do Brasil no exterior.
No Brasil, são produzidos por ano cerca de 1,5 mil milhão de litros de cachaça, sendo a maioria em destilarias e uma parte de fabricação artesanal. São mais de 30 mil produtores e cinco mil marcas de cachaça brasileira.
Rousseff vai debater com Obama a cooperação bilateral em ciência e tecnologia, além do comércio.
Esta é a primeira viagem oficial que a presidente do Brasil realiza aos EUA e ocorre exatamente um ano após a visita de Barack Obama ao Brasil.
Após a reunião com o líder norte-americano, primeiro evento previsto para a manhã de hoje (hora local), Dilma Rousseff participará no Fórum Brasil-Estados Unidos de Altos Empresários e, em seguida, fará o encerramento do seminário "Brasil-EUA: Parceria para o Século XXI".
No evento estarão presentes representantes empresariais, académicos e políticos de ambos os países.
Na terça-feira, a Presidente brasileira visita o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e a Universidade de Harvard, onde manterá encontros com bolsistas brasileiros e com a comunidade científica local.
Os EUA representam hoje o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Em 2011, o fluxo comercial bilateral atingiu a cifra de 60 mil milhões de dólares (cerca de 45,9 mil milhões de euros), o que representou 12,4% do volume total do comércio exterior brasileiro no último ano.