O partido de direita moderada Nova Democracia venceu as elições gregas e está bem colocado para formar um governo de coligação com o PASOK, o partido de esquerda que também era favorável ao programa de ajuda financeira à Grécia. Alex Tsipras, lider do Syriza, já concedeu a derrota.
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Com mais de 50% dos votos contados a Nova Democracia obteve 30,5 dos votos (150 lugares no parlamento) e o PASOK conseguiu 13% (33 assentos) A coligação Syriza está nos 26% (que garante 70 deputados).
Alex Tsipras, diz a AFP, já anunciou ter telefonado a Antonis Samaras para o felicitar. "Representaremos, na oposição, a maioria do povo contra o memorando", disse o líder do Tsipras.
O líder da Nova Democracia (ND, direita), Antonis Samaras, apelou para a formação de um "governo de unidade" pró-europeu, quando o seu partido lidera a votação nas legislativas.
"Apelamos a todas as forças políticas que partilhem o objetivo de manter o país no euro (...) para participarem num governo de união", disse Samaras nas primeiras declarações aos jornalistas.
"O país não tem um minuto a perder", acrescentou.
Em paralelo, o líder do PASOK, (socialistas moderados), Evangelos Venizelos, já anunciou as suas condições e propôs a formação de uma "grande coligação" que integre a ND, a coligação de esquerda Syriza e os moderados da Esquerda Democrática (Dimar).
"Se queremos uma Grécia que permaneça no euro, amanhã deve haver um governo", disse o líder da terceira força política do país, que sublinhou a "missão nacional" dos partidos para tentar recuperar a economia grega.
Os últimos dados oficiais sobre as legislativas antecipadas de hoje referem que a ND de Samaras vai garantir um resultado entre os 29,5 e os 30 por cento, obtendo 128 lugares no parlamento de 300 lugares (já incluindo o "bónus" de 50 deputados garantido pelo partido mais votado).
A Syriza de Alexis Tsipras confirma a segunda posição, com 27,1 por cento por cento e 72 deputados.
Já o Pasok de Evangelos Venizelos obterá 12,3 por cento (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores assente numa maioria parlamentar.
Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita de assegurar um mínimo de 151 lugares no parlamento.