Pelo menos nove pessoas morreram e 63 ficaram feridas, incluindo crianças, num ataque, esta madrugada, com mísseis russos contra Kiev, anunciou o Serviço de Emergência do Estado (DSNS) ucraniano. A Força Aérea da Ucrânia disse que foram disparados 70 mísseis e lançados 145 drones contra seis regiões durante a noite.
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De acordo com dados preliminares, nove pessoas morreram, 63 ficaram feridas e 42 foram hospitalizadas, incluindo seis crianças", referiu o DSNS, no mais recente balanço.
Uma contagem anterior divulgada pelo presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, dava conta de dois mortos e 54 feridos.
“Os edifícios residenciais foram danificados: está a decorrer a busca de pessoas sob os escombros”, referiu o serviço de emergência na plataforma de mensagens Telegram.
Vários incêndios, agora extintos, deflagraram também na sequência dos bombardeamentos russos.
A Força Aérea da Ucrânia disse hoje que foram disparados 70 mísseis e lançados 145 drones contra seis regiões durante a noite.
No total, a Força Aérea ucraniana refere que detetou e seguiu 215 alvos aéreos russos sendo que 112 foram destruídos pelos sistemas de defesa.
Em Kiev, um jornalista da agência France-Presse observou quando uma dezena de habitantes se refugiaram num abrigo na cave de um edifício residencial, assim que soou o alerta antiaéreo.
O último ataque com mísseis contra Kiev ocorreu no início de abril.
Em Kharkiv (leste), o presidente da câmara, Igor Terekhov, também anunciou “repetidos ataques com mísseis” contra a cidade, que deixaram pelo menos duas pessoas feridas.
Numa declaração no Telegram, Andriï Iermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou o facto de “a Rússia estar a atacar Kiev, Kharkiv e outras cidades com mísseis e 'drones'”.
O presidente russo, Vladimir "Putin, mostra unicamente o desejo de matar", afirmou Iermak, exigindo o cessar das hostilidades e que “os ataques a civis parem”.
Em Washington, o presidente dos EUA, Donald Trump, atacou violentamente Volodymyr Zelensky na quarta-feira, acusando-o de fazer comentários inflamatórios sobre a Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Isto numa altura em que um acordo com Moscovo estava "muito próximo", de acordo com Trump.
Zelensky interrompe visita a Pretória
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciou hoje que vai interromper a visita à África do Sul para regressar à Ucrânia, e apelou à Rússia para que cesse imediatamente os ataques. "Já passaram 44 dias desde que a Ucrânia concordou com um cessar-fogo total e com o fim dos ataques (...) Há 44 dias que a Rússia continua a matar o nosso povo (ucraniano)", disse ainda o chefe de Estado da Ucrânia.