O novo presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, disse na cerimónia da tomada de posse que as eleições demonstraram a vontade dos cidadãos na defesa da democracia contra o totalitarismo.
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Cidade da Guatemala, 15 jan 2024 (Lusa) - O novo Presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, disse na cerimónia da tomada de posse que as eleições demonstraram a vontade dos cidadãos na defesa da democracia contra o totalitarismo.
"Autoritarismo nunca mais (...). O povo da Guatemala demonstrou sabedoria, e instituições como o Tribunal Constitucional e o Supremo Tribunal Eleitoral protegeram o desejo soberano dos guatemaltecos de viver em democracia", declarou o novo chefe de Estado.
A crise política foi especialmente conturbada já que o Ministério Público e alguns parlamentares da legislatura anterior tentaram impedir Arévalo de assumir o cargo.
Arévalo de Léon recebeu a faixa presidencial das mãos do presidente do Congresso (Assembleia Nacional), Samuel Pérez Álvarez, que também foi eleito para o cargo no domingo, porque o presidente cessante, Alejandro Giammattei, não esteve presente na cerimónia.
Giammattei alegou que tinha de entregar o cargo o mais tardar à meia-noite de domingo, pelo que enviou os símbolos institucionais ao Congresso através de um secretário.
Arévalo de León e Pérez Álvarez são fundadores do Movimento Semente, uma formação política que surgiu na sequência das manifestações anticorrupção no país centro-americano durante 2015 que culminaram com a queda do governo de Otto Pérez Molina (2012-2015), atualmente na prisão.
"É graças aos jovens da Guatemala, que não perderam a esperança, que hoje posso falar-vos neste pódio", proclamou o académico e líder político, que agradeceu aos povos indígenas por defenderem a democracia da Guatemala.
Arévalo entrou no Teatro Nacional Miguel Ángel Asturias, local onde decorreu a cerimónia de tomada de posse, ao som do concerto para violino e orquestra "La primavera", do compositor italiano Antonio Vivaldi.
O presidente recém-empossado prometeu a chegada de uma "nova primavera", como a do governo do pai, Juan José Arévalo Bermejo, entre 1946 e 1951.