Os organizadores do dia "Sem Reis", que a 14 de junho promoveram um dos maiores protestos da história dos Estados Unidos, vão voltar às ruas a 18 de outubro com a promessa de mobilizarem "milhões" contra o presidente Donald Trump.
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"A 18 de outubro, milhões de nós vão levantar-se outra vez para mostrar ao mundo: a América não tem reis e o poder pertence ao povo", declarou a organização ativista Indivisible, uma das principais organizadoras do protesto juntamente com o movimento 50501.
As manifestações vão acontecer por todo o país, distribuídas por vários eventos ao nível local. Só em Los Angeles haverá mais de uma dezena, à semelhança do que aconteceu nos últimos meses, em que os cidadãos têm sido chamados a protestar contra as políticas da administração Trump.
Agora, além das rusgas de imigração conduzidas pela agência ICE e os efeitos negativos das tarifas, os ativistas protestam contra a paralisação do governo federal ("shutdown", na designação em inglês), que obriga à suspensão de serviços e significa que 1,4 milhoes funcionários públicos não serão pagos.
"Sem Reis é mais que um slogan, é a fundação sobre a qual a nossa nação foi construída", indicam os organizadores do protesto em Sherman Oaks, a norte de Hollywood.
"O presidente pensa que a sua autoridade é absoluta. Mas na América não temos reis e não vamos recuar perante o caos, a corrupção e a crueldade", prometeram os ativistas.
A organização apela a que os protestos sejam pacíficos e está a fazer formações em técnicas para acalmar possíveis desacatos, depois de um verão em que militares da Guarda Nacional foram enviados para patrulhar as ruas de Los Angeles, contra a vontade da "mayor" Karen Bass e do governador Gavin Newsom.
O primeiro protesto "No Kings", a 14 de junho, levou às ruas cerca de cinco milhões de manifestantes, com eventos organizados em 2100 cidades dos Estados Unidos