Robin, um robô hospitalar em funcionamento nos EUA, foi desenvolvido para acompanhar doentes jovens e idosos, enquanto apoia profissionais de saúde sobrecarregados.
Corpo do artigo
O aspeto físico do robô assemelha-se ao do Wall-E, icónico personagem do filme de animação da Pixar, tem 1,2 metros e um corpo que foi concebido para abraçar, explica o diretor-executivo da Expper Technologies, Karén Khachikyan, citado pela agência de notícias Associated Press (AP). O ecrã funciona como uma espécie de cara e exibe características semelhantes às de desenhos animados.
Programado para agir como uma menina de sete anos, o aparelho pode ser, segundo os criadores, uma ferramenta importante no apoio a crianças e idosos em cuidados prolongados.
O responsável da Expper Technologies, a empresa que criou o robô, aponta que "o principal objetivo de Robin é confortar os doentes durante a sua estadia nas instalações médicas", proporcionando-lhes tanto entretenimento como apoio emocional. Cinco anos após o seu lançamento nos Estados Unidos, já é um rosto familiar em 30 hospitais e clíncas.
Robô personaliza as interações
Em declarações à Associated Press, Meagan Brazil-Sheehan, mãe de um menino de seis anos diagnosticado com leucemia, o robô foi capaz de reconhecer Lucas nos corredores do hospital após uma primeira interação, situação que surpreendeu e alegrou a criança. Além disso, quando Lucas precisou de colocar um catéter intravenoso, o robô reproduziu no ecrã uma animação de si próprio a inserir também o dispositivo, de forma a "mostar que Robin também passou por esses procedimentos".
Noutro episódio, reporta também a AP, num hospital de Los Angeles, Robin foi capaz de acalmar uma paciente que enfrentava um ataque de pânico, ao reproduzir músicas do seu artista favorito, Elvis, e vídeos de animais.
O robô é capaz de dançar, projetar jogos e animações no ecrã e perceber as emoções da pessoa com quem interage de modo a personalizar as interações. O equipamento é 30% autónomo e é monitorizado por profissionais clínicos.
Os planos para o futuro incluem a captação de sinais vitais, a partilha de informações com a equipa médica e o auxílio aos pacientes mais velhos nas tarefas diárias, como vestir e ir à casa de banho.
A Expper Technologies sublinha que Robin não está a ser desenvolvido com vista a substituir os profissionais de saúde mas para ajudar a colmatar a escassez de pessoal nos sistemas de saúde.