"Desde o início dos anos 2000 que observamos um número crescente de objetos não autorizados ou não identificados", afirmou Scott Bray, o diretor-adjunto de inteligência naval dos EUA, citado pela agência de notícias francesa AFP.
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O responsável atribuiu este aumento a "esforços consideráveis" dos militares norte-americanos para "desestigmatizar o ato de reportar as observações" e ao avanço tecnológico. Sublinhou, no entanto, que não tinha sido detetado nada "que pudesse sugerir uma origem não terrestre" para esses fenómenos, mas também não descartou definitivamente essa possibilidade.
Pela primeira vez em mais de 50 anos, o Congresso dos Estados Unidos realizou uma audição pública dedicada a "fenómenos aéreos não identificados".
Em junho de 2021, a Inteligência dos EUA já tinha afirmado num relatório há muito aguardado que não havia provas da existência de extraterrestres, embora reconhecesse que dezenas de fenómenos observados por pilotos militares não podiam ser explicados.
Nesse relatório, publicado no ano passado, não foi dada nenhuma explicação para os cerca de 140 casos de fenómenos aéreos não identificados observados por pilotos militares desde 2004. Esta terça-feira, na audição, Bray informou que o número oficial é agora 400.
Alguns podem ser explicados pela presença de drones ou pássaros, criando confusão nos sistemas de radar dos militares norte-americanos. Outros podem resultar de testes de equipamentos ou de tecnologias militares realizados por outras potências, como a China ou a Rússia.
Os militares e os serviços secretos dos EUA estão focados em determinar se esses "fenómenos aéreos não identificados" podem estar ligados a ameaças contra os Estados Unidos.
"Fenómenos aéreos não identificados constituem uma ameaça potencial à segurança nacional" e "devem ser tratados como tal", alertou o congressista democrata André Carson, chefe da comissão parlamentar que esteve origem da realização da audiência.