O número de mortos nas explosões que visaram milhares de dispositivos eletrónicos relacionados com o movimento libanês Hezbollah nos últimos dois dias subiu para 37.
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Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, 12 pessoas morreram na primeira vaga de explosões, ocorrida na terça-feira e que envolveu milhares de "pagers" (dispositivos de transmissão móvel). Já na quarta-feira, outras 25 pessoas morreram numa segunda vaga de detonações que visaram "walkie-talkies" (igualmente dispositivos de transmissão móvel).
Entretanto, o Hezbollah confirmou a morte de outros três membros das suas fileiras, sem especificar se foram vítimas das explosões de dispositivos de comunicação atribuídas a Israel ou dos mais recentes bombardeamentos do exército israelita contra território libanês.
A par dos mortos, as detonações ocorridas nos últimos dois dias provocaram 3539 feridos.
De acordo com as investigações iniciais, os dispositivos continham cargas explosivas.
Estes incidentes sem precedentes estão a ser atribuídos a Israel.
Telavive não se pronunciou explicitamente sobre os atentados, que ocorreram pouco depois de ter anunciado a extensão dos seus objetivos de guerra contra o Hamas palestiniano, apoiado pelo Hezbollah, à fronteira norte com o Líbano.
O aumento do clima de confronto entre Israel e o Hezbollah - um grupo apoiado pelo Irão que tem um peso militar e político significativo no Líbano - está a levantar receios sobre a possibilidade de um agravamento do conflito no Médio Oriente.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado desde 8 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.