
Interior de apartamento destruído pelas chamas
Foto: Polícia de Hong Kong/AFP
O número de mortos confirmados no incêndio que devastou um complexo residencial em Hong Kong, na semana passada, aumentou para 151 e o balanço pode ainda vir a aumentar, segundo as autoridades.
Corpo do artigo
"O número de mortos aumentou para 151 às 16 horas (8 horas em Portugal continental). Não podemos excluir a possibilidade de o número de vítimas mortais vir ainda a aumentar", disse à imprensa um representante da polícia, Tsang Shuk-yin.
Hong Kong cumpre esta segunda-feira o último de três dias de luto pelo incêndio que consumiu o complexo residencial Wang Fuk Court, em Tai Po, no norte da cidade.

Foto: Peter Parks/ AFP
Entretanto, a polícia de Hong Kong informou que deteve, até o momento, um total de 13 pessoas na investigação do incêndio.
Chan Tung, diretor da polícia criminal e de segurança de Hong Kong, disse à imprensa que uma "investigação aprofundada foi imediatamente aberta por homicídio culposo", o que "levou à prisão de 13 pessoas - 12 homens e uma mulher".
O incêndio deflagrou por volta das 15 horas da passada quarta-feira (7 horas em Portugal continental) no bloco Wang Cheong House e afetou sete dos oito edifícios. As investigações preliminares indicam que o fogo teve origem na rede de proteção dos andaimes nos pisos inferiores e se propagou rapidamente na vertical.
Leia também Fogo em Hong Kong agravado pelos andaimes de bambu e painéis de isolamento
Placas de poliestireno expandido, altamente inflamáveis, utilizadas para vedar as aberturas e os caixilhos junto aos elevadores, bem como as lonas exteriores que violavam as normas de segurança contra incêndios, facilitaram a entrada das chamas nos apartamentos através dos corredores.
Desde quarta-feira à noite, milhares de cidadãos, grupos de vizinhos, sindicatos, igrejas e voluntários mobilizaram-se espontaneamente, angariando milhões de dólares de Hong Kong e distribuindo água, alimentos, vestuário e abrigos temporários.

Foto: Dale De La Rey/ AFP
O Governo anunciou um fundo inicial de 300 milhões de dólares de Hong Kong (33,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas e as pessoas afetadas, que entretanto já alcançou 800 milhões de dólares de Hong Kong (88,6 milhões de euros).
