
Mais de 1700 pessoas morreram a tentar atravessar o Mediterrâneo este ano
Foto: Sameer Al-Doumy / AFP
O número de entradas irregulares no território da União Europeia (UE) desceu 25%, para 166.900, entre janeiro e novembro de 2025, anunciou esta sexta-feira a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
De acordo com a informação disponibilizada pela Frontex, nos primeiros onze meses do ano, o número de entradas irregulares nos 27 países da UE diminuiu para 166.900 e os maiores declínios ocorreram nas rotas migratórias a partir da África Ocidental (-60%) e nos Balcãs Ocidentais (-43%).
O Mediterrâneo Central continua a ser o principal ponto de entradas irregulares, "responsável por cerca de 40% das entradas este ano", dá conta a Frontex.
A maioria das pessoas que entraram de maneira irregular na União Europeia são cidadãos do Bangladesh, Egito e Afeganistão.
Do total de 166.900 pessoas que entraram de maneira irregular na UE, 63 mil atravessaram o Mediterrâneo Central, um valor que "permaneceu essencialmente inalterado" em comparação com o mesmo período de 2024.
O único "corredor migratório", denominação utilizada pela agência europeia responsável pelo controlo fronteiriço, foi o que liga a Líbia a Creta, na Grécia, com um aumento de 260% nos primeiros onze meses do ano.
Já no Mediterrâneo Oriental, as travessias irregulares aumentaram 15% e a maioria das pessoas são cidadãos da Argélia (70% nesta rota).
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, mais de 1700 pessoas morreram a tentar atravessar o Mediterrâneo este ano.
