O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou esta sexta-feira que o número real de infetados com o novo coronavírus em Espanha é de três milhões de pessoas, embora o registo oficial o coloque em um milhão.
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Numa declaração institucional desde o Palácio da Moncloa, em Madrid, Pedro Sánchez classificou como "grave" a evolução da pandemia em Espanha.
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A contagem oficial de infetados ultrapassou um milhão de casos na última quarta-feira, mas, segundo Sánchez, estudos de seroprevalência desenvolvidos por instituições publicas com especialistas científicos indicam que "o número real de pessoas que foram infetadas supera os três milhões".
Pedro Sánchez não atualizou a informação sobre o número de mortes que, segundo dados de quinta-feira, ascendem a 34.521 mortes desde o início da pandemia.
Na mesma declaração, o presidente do Governo defendeu limitar ao máximo a mobilidade para deter a segunda vaga do vírus, embora tenha acrescentado que quer "evitar o confinamento a todo o custo" e atuar nas situações que promovem maior aumento de infeções: as reuniões sociais e familiares ou com amigos, o trabalho e a vida noturna.
Sobre uma eventual declaração do estado de alerta, o governante disse que o país está pronto a adotar qualquer medida necessária para travar a pandemia, mas sempre com o equilíbrio necessário entre a proteção da saúde, a mitigação dos efeitos económicos e o respeito dos direitos e liberdades.
"Devemos adotar as medidas necessárias causando o menor dano económico possível e as menores restrições possíveis para as liberdades pessoais, e estamos prontos a adotar todas e cada uma das medidas que sejam necessárias", frisou.
O chefe do Executivo acrescentou que ninguém, nem as comunidades, nem municípios, nem o Governo de Espanha têm interesse em impor mais limitações do que as que são essenciais para limitar a propagação da pandemia.
Porém, para isso, Sánchez disse que é necessário o máximo de colaboração, consciência e disciplina por parte dos cidadãos.