O encontro do Papa com o pai de Alan Kurdi, o menino que é símbolo da crise migratória
Na última noite da visita ao Iraque, este domingo, o Papa Francisco conheceu o pai de Alan Kurdi, o menino sírio que se tornou num símbolo da catástrofe humanitária que foi e continua a ser a crise dos refugiados, depois de ter morrido afogado quando fugia do país natal, há seis anos.
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A imagem do pequeno corpo de Alan, de três anos, encontrado numa praia turca em 2015, juntamente com o da mãe e o do irmão mais velho, de cinco anos, chocou o mundo e virou os holofotes para a rota marítima tantas vezes fatal que muitos migrantes percorrem para chegar ao Ocidente.
O pai da criança, único sobrevivente, esteve este domingo com o Papa Francisco, em Arbil, capital da região do Curdistão, no norte do Iraque. O chefe máximo da Igreja Católica segurou nas mãos de Abdullah como que a ouvir-lhe "a dor de um pai que perdeu a família", escreveu o Vaticano, que divulgou algumas imagens do momento.
Há anos que o Papa clama pelo fim do conflito na Síria, de onde é originária a família Kurdi, que eclodiu em 2011 em protestos contra o regime de Bashar al-Assad e se transformou numa guerra que já matou mais de 387 mil pessoas, destruiu infraestruturas essenciais e deslocou milhões. Durante um culto inter-religioso no sul do Iraque no sábado, Francisco, que voltará a Roma na segunda-feira, fez um apelo por "unidade": "Peçamos por isso orando por todo o Oriente Médio. Aqui, penso especialmente na vizinha Síria devastada pela guerra".
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