Teresa está em Portugal há dez anos. Saiu sozinha e grávida do Quénia, aos vinte e três. Para trás, deixou uma filha bebé, que, entretanto, conseguiu trazer para Portugal. Quando chegou a Lisboa, viveu na rua, até que a encaminharam para o Centro de Acolhimento para Refugiados (CAR) da Bobadela, onde ficou quase um ano.
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Hoje, Teresa vive com os quatro filhos, três nascidos em Portugal, numa casa arrendada perto de Lisboa. O seu maior problema é a falta de trabalho. No centro, teve aulas de português e ajudaram-na a fazer um currículo e a inscrever-se no centro do emprego. Apesar de tudo, queixa-se da falta de oportunidades.
Nos primeiros meses, organizações como o Conselho Português para os Refugiados (CPR) ou o Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR) oferecem proteção e alojamento, alimentação, acesso a cuidados de saúde e outras necessidades básicas. Depois da saírem dos centros, a maior dificuldade enfrentada pelos refugiados, a par com a aprendizagem da língua, é encontrar um trabalho. "É muito difícil. Por causa da cultura, por nunca ter tido uma base para criar relações e misturar-me com as pessoas, por ser mãe solteira", conta Teresa.
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