A democrata Hillary Clinton já só precisa de conquistar 88 delegados para ser a candidata às presidenciais de novembro. E tornar-se a primeira mulher a concorrer por um dos dois grandes partidos.
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Os corações norte-americanos mais conservadores têm tido vida difícil desde há sete anos e sete meses a esta parte. Em novembro de 2008, foi eleito o primeiro presidente afro-americano da nação McDonald's. Não satisfeito, Barack Hussein Obama II fez-se eleger para um segundo mandato, em 2012. Agora, há indicadores fortíssimos de que, esta terça-feira, a também democrata Hillary Clinton se vai tornar a primeira mulher investida para as eleições presidenciais - que decorrem daqui a cinco meses - por um dos dois grandes partidos dos Estados Unidos, ao superar a maioria de 2383 delegados necessários para a nomeação (atualmente tem 2295).
A ex-secretária de Estado e antiga senadora ganhou, este domingo, as primárias democratas em Porto Rico - estado associado dos EUA, que participa nas primárias, mas não na eleição presidencial -, derrotando, mais uma vez, o senador Bernie Sanders.
Este resultado, combinado com a esclarecedora vitória nas Ilhas Virgens, um dia antes, colocam Hillary Clinton em vantagem antes das votações em New Jersey, no Montana, no Dakota do Sul, no Dakota do Norte, no Novo México e na Califórnia, esta terça-feira. Os democratas californianos vão a votos num contexto em que estão em jogo 475 delegados, a maior percentagem entre todos os estados.
Concretizando-se, como todas as previsões apontam, a nomeação, o facto mais não é do que a confirmação do que a democrata, de 68 anos, afirmou, no passado dia 19, à cadeia televisiva CNN. "Serei a candidata do meu partido. Está decidido, de facto. É impossível que não o seja. Obtive mais três milhões de votos do que ele [Bernie Sanders] e tenho uma vantagem inultrapassável em número de delegados".
Na ocasião, Hillary Clinton aproveitou para exortar o adversário a cumprir a palavra de fazer todos os possíveis para que Donald Trump - o candidato mais bem colocado para concorrer pelo Partido Republicano - seja derrotado.
Por outro lado, pode ser que a mulher de um dos mais célebres presidentes norte-americanos da segunda metade do século passado - Bill Clinton - cumpra a promessa de participar num debate televisivo com Bernie Sanders, algo para que se mostrou indisponível há duas semanas, remetendo o eventual confronto para depois das primárias de hoje na Califórnia.
O senador mostrou-se "dececionado, mas não surpreendido" com a decisão e instou a antiga secretária de Estado a "não ser tão presunçosa", nem considerar-se "uma vencedora antecipada", recordando as suas vitórias nos estados do Indiana, da Virgínia Ocidental e do Oregon.