O procurador belga identificou Ibrahim El-Bakraoui como um dos autores do atentado no aeroporto de Bruxelas e Khalid El-Bakraoui como autor do atentado no metro, adiantando que um terceiro suspeito dos atentados de terça-feira está em fuga.
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Ibrahim El Bakraoui (o homem que aparece ao meio na imagem de videovigilância do aeroporto divulgada pela polícia) nasceu em Bruxelas a 9 de outubro de 1986. Fez-se explodir no aeroporto de Zaventem.
Durante uma busca num apartamento na zona de Schaerbeek, a polícia encontrou 15 quilos de explosivos e vários materiais para o fabrico de bombas (150 litros de acetona, um detonador, malas cheias de pregos, ventiladores e outros materiais). Além disso encontraram um computador portátil e uma nota no lixo, entendida agora como sendo um testamento, escrita por Ibrahim El Bakraoui. O terrorista escreveu que "já não sabia o que fazer" porque era "procurado por todo o lado" e não queria acabar preso numa cela, como Salah Abdelasam.
O seu irmão Khalid, nascido em Bruxelas a 12 de janeiro de 1989, fez-se explodir na estação de metro de Maelbeek.
Ambos foram identificados pelas impressões digitais. Tinham fortes antecedentes judiciais mas não relacionados com terrorismo.
O homem mais à esquerda da foto é Najim Laachraoui, de 25 anos.
O de casaco branco e chapéu preto continua a monte.
As bombas dos atentados no aeroporto foram transportadas em três malas, colocadas em carrinhos de transporte de bagagem.
Os três homens foram de táxi para o aeroporto. Tinham pedido uma viatura grande e ficaram aborrecidos quando chegou uma pequena, em que não cabiam cinco malas, segundo o relato do taxista, divulgado pelo diário "Het Laatste Nieuws".
Esta informação legitima a consideração de que a intenção dos terroristas era colocar mais carga explosiva no aeroporto internacional de Bruxelas do que aquela que foram capazes de levar, acondicionada em três malas. Depois do ataque, o taxista recordou-se dos três suspeitos e contactou a polícia, tendo sido ele, segundo aquele meio, que levou as forças de segurança à morada onde os tinha recolhido, no distrito de Schaerbeek.
Na busca feita numa casa em Schaerbeek, a polícia encontrou em engenho explosivo, produtos químicos e uma bandeira do grupo que se designa por Estado Islâmico.