O presidente norte-americano, Barack Obama, advertiu, esta segunda-feira, que grande parte do mundo considera que a Rússia violou o direito internacional ao intervir na Ucrânia.
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Obama disse que Moscovo se tinha colocado "do lado errado da História" ao mobilizar forças militares dentro da Ucrânia, depois de o presidente pró-russo, Viktor Ianukovich, ter sido deposto na sequência de uma revolta popular.
"Penso que o mundo está, em grande parte, unido no reconhecimento de que os passos dados pela Rússia constituem uma violação da soberania ucraniana... e uma violação do direito internacional", sustentou.
O novo Governo pró-Ocidente da Ucrânia acusou a Rússia de ter planeado uma invasão, ao deslocar tropas para solo ucraniano, na península da Crimeia.
Mas Moscovo argumenta que poderá ver-se forçado a atuar para proteger os russos e russófonos na Ucrânia do caos surgido após a revolta popular contra Ianukovich.
As potências ocidentais estão a considerar a adoção de sanções para punir a Rússia pela sua intervenção.
"Se de facto os russos continuarem na atual trajetória, estamos a analisar toda uma série de medidas - económicas, diplomáticas - que isolarão a Rússia", disse o chefe de Estado norte-americano às autoridades russas.
A Rússia enviou nas últimas horas tropas para a república autónoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, de maioria russófona e estratégica para Moscovo, que ali tem a base da sua frota do Mar Negro.
A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos, depois de o governo autónomo ter rejeitado o novo governo da Ucrânia, formado pelos três principais partidos da oposição ao presidente Viktor Ianukovitch, atualmente exilado."