O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou esta quarta-feira para as "consequências" dos atos de violência na Ucrânia e disse que considera o governo de Kiev responsável por assegurar que os protestos possam decorrer "sem medo de repressão".
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"Consideramos que o Governo ucraniano é o primeiro responsável em garantir que está a responder de forma apropriada a protestos pacíficos, e que o povo ucraniano tem condições de se reunir e exprimir-se livremente sobre os seus interesses sem medo de repressão", afirmou Obama à chegada ao México, onde participa na Cimeira da América do Norte.
"Queremos tornar bem claro, quando nos próximos dias vamos concentrar as atenções na Ucrânia, que seguimos a situação de muito perto e esperamos que o governo ucraniano demonstre contenção e não recorra à violência para responder a protestos pacíficos", disse.
Obama acrescentou que os Estados Unidos também pretendem que os protestos se mantenham pacíficos, no rescaldo da violência em Kiev na terça-feira que provocou pelo menos 26 mortos.
"Vamos seguir a situação de muito perto e em conjunto com os nossos parceiros europeus, na convicção de que haverá consequências se for ultrapassada a linha", referiu ainda o líder dos EUA.
"E isso inclui que seja assegurado que os militares ucranianos não se intrometam numa série de questões que podem ser resolvidas pelos civis", sublinhou.
Obama chegou esta quarta-feira a Toluca (capital do estado do México, no país vizinho) para participar numa cimeira com o seu homólogo mexicano, Henrique Peña Nieto, e com o primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, 20 anos após a assinatura do Acordo de Livre Comércio na América do Norte (NAFTA).
As conversações entre os líderes dos três países, quando surgiram recentemente diversas fricções entre os três integrantes do NAFTA concluem-se no final do dia com uma conferência de imprensa conjunta.
Mais de 5 mil polícias e militares foram mobilizados em Toluca, onde as principais avenidas foram protegidas por barreiras metálicas.