O presidente norte-americano anunciou que os Estados Unidos vão prolongar a sua presença militar no Afeganistão, mantendo 9800 tropas no terreno em 2016 e 5500 em 2017, já depois de terminar seu mandato.
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"As forças afegãs ainda não são tão fortes como deviam", afirmou Barack Obama, frisando que a situação de segurança no Afeganistão continua a ser "muito frágil".
O presidente dos Estados Unidos sublinhou que a presença militar norte-americana, de treino, aconselhamento e apoio das forças afegãs, "pode fazer verdadeira diferença" e que os Estados Unidos "não vão deixar que o Afeganistão seja um refúgio para terroristas".
Obama, que nas campanhas presidenciais de 2008 e 2012 prometeu pôr fim à guerra no Afeganistão, assegurou que rejeita a ideia de "uma guerra sem fim", mas que atrasar a retirada norte-americana "é o correto".
No princípio de 2017, quando um novo presidente norte-americano tomar posse, deverão estar naquele país cerca de 5500 tropas norte-americanas, quando o que estava planeado era ter apenas mil militares.
O recrudescer dos ataques dos talibãs nos últimos meses tornou recorrentes as declarações de responsáveis, sobretudo militares, sublinhando a necessidade de reverter o atual plano de retirada.
Há duas semanas, os talibãs conseguiram a sua maior vitória militar desde a invasão norte-americana, em 2001, capturado a cidade estratégica de Kunduz, no norte do país.