O presidente norte-americano, Barack Obama, visitou as famílias das vítimas do atentado do passado domingo em Orlando.
Corpo do artigo
Pouco depois de se reunir com as famílias das vítimas, Obama pediu aos membros do Congresso para se mostrarem "à altura" e votarem enquadramentos mais rigorosos para a venda de armas. O presidente norte-americano afirmou que o debate sobre as armas de fogo nos Estados Unidos "tem de mudar".
5232443
"Os motivos deste atentado podem ter sido diferentes dos motivos por detrás dos atentados de Aurora ou de Newtown", afirmou Obama, listando dois dos assassinatos em massa que marcaram a sua presidência. "Mas os instrumentos [utilizados] foram similares", acrescentou.
"E agora mais 49 pessoas inocentes estão mortas, outras 53 estão feridas, umas ainda a lutar pelas suas vidas. Algumas terão ficado com feridas que durarão para toda a vida", declarou o presidente norte-americano.
5225247
Obama insistiu que, enquanto os militares atacam os grupos extremistas e os serviços de inteligência trabalham para acabar com as suas redes, o governo não pode parar cada "pessoa demente", acrescentando que ainda assim se pode "fazer algo sobre a quantidade de danos que eles fazem".
"Infelizmente, a nossa esfera política conspirou de modo a permitir que um terrorista ou um indivíduo perturbado (...) possa comprar, legalmente, armas extraordinariamente poderosas", recordou.
Obama afirmou que os legisladores têm de "aprovar [legislação sobre] o controlo de armas", acrescentando que o tom do debate partidário necessita de mudar. "Aqueles que defendem o acesso fácil às armas" devem reunir-se e conversar com as famílias das vítimas, sustentou.
Barack Obama prestou homenagem aos 49 mortos "inocentes", quatro dias depois do tiroteio numa discoteca homossexual de Orlando, evocando a dor "indescritível" das famílias.
"Estas famílias são parte da família americana (...) Os nossos corações também estão partidos", concluiu Obama.