O Presidente norte-americano cessante, Barack Obama, declarou, esta quarta-feira, que é "do interesse dos Estados Unidos e do mundo ter relações construtivas com a Rússia", na sua última conferência de imprensa na Casa Branca.
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"Essa foi a minha perspetiva [da questão] durante a minha Presidência: naquilo em que os nossos interesses convergiam, trabalhámos juntos", prosseguiu o 44.º Presidente dos Estados Unidos.
A dois dias de Trump, que pretende estreitar relações entre a Casa Branca e o Kremlin, assumir a presidência, Barack Obama acrescentou que essa sua abordagem sofreu o embate de uma "escalada no discurso antiamericano" quando Vladimir Putin ocupou a Presidência russa, em 2012, o que levou a uma relação Washington-Moscovo "mais antagónica e difícil".
Os comentários do chefe de Estado cessante têm, em pano de fundo, a polémica nos Estados Unidos sobre a interferência, denunciada pelos serviços de informações norte-americanos, das autoridades russas nas eleições presidenciais ganhas por Donald Trump.
A comunidade dos serviços secretos dos Estados Unidos chegou à conclusão de que Moscovo, sob as ordens de Putin, levou a cabo uma campanha de pirataria informática para influenciar o resultado do escrutínio presidencial norte-americano em favor do multimilionário.