Obama diz que Rússia não pode redesenhar fronteiras da Europa "pela força das armas"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou, esta segunda-feira, que a Rússia "não pode redesenhar as fronteiras da Europa pela força das armas", após um encontro em Washington com a chanceler alemã Angela Merkel sobre a crise na Ucrânia.
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"Continuamos a encorajar uma solução diplomática para esta questão", disse Obama durante uma conferência de imprensa conjunta.
"Enquanto prosseguem esta semana os esforços diplomáticos, estamos absolutamente de acordo que o século XXI não pode ficar sem reação e simplesmente permitir que as fronteiras da Europa sejam redesenhadas pela força das armas", salientou.
Obama indicou que os Estados Unidos ainda não decidiram se vão fornecer armamento para Kiev, que desde a primavera de 2014 se confronta com uma rebelião separatista pró-russa no leste do país.
A entrega "de armamento defensivo [a Kiev] é uma das opções a considerar. Mas ainda não tomei uma decisão", disse Obama.
O presidente norte-americano precisou que as suas declarações não pretendem "conter" ou "enfraquecer" a Rússia.
A chanceler alemã optou antes por considerar que a "paz na Europa" está em jogo no conflito ucraniano, caso seja questionado o princípio de integridade territorial do velho continente.
"Para quem vem da Europa, posso apenas dizer que caso renunciemos ao princípio da integridade territorial não teremos capacidade para manter a ordem da paz na Europa", preveniu Merkel.
A chanceler alemã também admitiu divergências com Washington sobre os serviços de informações e a função da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americanas, mas defendeu que Berlim e Washington devem cooperar nesta área.