
O presidente dos Estados Unidos apelou, esta sexta-feira, aos norte-americanos para que "continuem a pressionar" os representantes políticos a chegar a um acordo sobre o tecto da dívida pública, porque se aproxima a data limite de 2 de Agosto.
"Há muitas formas de resolver este problema, mas o tempo está a esgotar-se", disse Barack Obama num discurso televisionado na Casa Branca. "Está na hora de [democratas e republicanos atingirem um] compromisso."
Há várias semanas que se regista em Washington um impasse político entre republicanos (maioritários na câmara baixa do Congresso) e os democratas (maioritários no Senado) em negociações orçamentais relacionadas com o aumento do tecto de endividamento do Estado federal.
Os republicanos recusam aumentos de impostos para corrigir o défice, enquanto os democratas e Obama argumentam que a consolidação orçamental implica uma abordagem equilibrada tanto pelo lado da receita como pelo da despesa. Se não houver acordo até 2 de Agosto, os EUA não se poderão financiar nos mercados e entrarão em situação de incumprimento da dívida.
Na declaração desta sexta-feira, Obama acrescentou que "qualquer solução terá de ser de consenso" entre os dois partidos representados no Congresso. "Há muitas crises que não se podem prever", como desastres naturais ou ataques terroristas, disse Obama, "mas a solução desta está nas nossas mãos".
O presidente norte-americano referiu-se também a uma nova proposta que está a ser preparada pelo líder democrata no Senado, Harry Reid, e que deverá ser divulgada durante o fim de semana.
Na quinta-feira, esperava-se que John Boehner, líder dos republicanos na Câmara de Representantes, apresentasse um novo plano para superar o impasse. No entanto, a proposta não foi levada a votos, devido a dissidências dos deputados mais radicais da bancada republicana.
Segundo fontes citadas pela agência noticiosa norte-americana AP, a proposta de Boehner deverá ainda, esta sexta-feira, regressar à Câmara de Representantes, numa versão modificada.
