O presidente norte-americano, Barack Obama, e o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, comprometeram-se a colaborar para resolver as divergências sobre defesa antimíssil na Europa.
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Os dois líderes reuniram-se durante hora e meia, quinta-feira, em Deauville, à margem da cimeira do G8 (Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França, Itália, Japão, Canadá e Alemanha).
"Estamos comprometidos a colaborar para chegar a um acordo e a uma configuração consistente com as necessidades de segurança nos dois países (...) que mantenha um equilíbrio estratégico e enfrente potenciais ameaças", disse o presidente dos Estados Unidos após o encontro.
Por sua vez, o líder russo admitiu que o diferendo poderá não ficar completamente resolvido até 2020, mas que podem ser lançadas as bases para que "outros políticos" consigam resolvê-lo.
Após a sua chegada ao poder em 2009, Obama cancelou o projecto de escudo antimíssil para a Europa de Leste que o seu antecessor, George W. Bush, tencionava colocar na Polónia e na República Checa, mas anunciou um outro sistema com plataformas móveis.
A Rússia, que condenara com veemência o projecto original, continua a mostrar preocupação com o novo sistema por considerar que pode afectar os seus mísseis.
Os Estados Unidos insistem que a protecção se destina a possíveis ameaças provenientes do Irão e de outros países hostis, não visando a Rússia.
Na reunião foram abordadas outras questões, como o interesse da Rússia em integrar a Organização Mundial de Comércio, e Obama disse que os dois países estão a cooperar intensamente nesta matéria.
O conflito no Afeganistão, os movimentos de agitação civil no mundo árabe, a paz no Médio Oriente e a economia global foram assuntos também discutidos entre os dois chefes de Estado.
O encontro de Obama com Medvedev teve lugar imediatamente antes da cimeira do G8 que decorre até sexta-feira.