Presidente norte-americano exortou hoje, quinta-feira, na ONU, os líderes mundiais a apoiarem os actuais esforços para uma paz duradoura no Médio Oriente e garantiu ser ainda possível uma solução diplomática no dossier nuclear iraniano.
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Presidente norte-americano exortou hoje, quinta-feira, na ONU, os líderes mundiais a apoiarem os actuais esforços para uma paz duradoura no Médio Oriente e garantiu ser ainda possível uma solução diplomática no dossier nuclear iraniano.
Na seu discurso, no âmbito do inicio do período de debates da 65.º Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, Barack Obama, que chegou atrasado à sede das Nações Unidas, pediu a israelitas e palestinianos para aproveitarem a oportunidade das conversações directas e finalmente chegarem a um acordo de paz duradouro.
De acordo com Obama, trata-se de um momento crucial para pôr fim a anos de violência e de instabilidade na região.
Obama exortou o mundo a unir-se em torno do processo de paz no Médio Oriente, desafiando as Nações Unidas a apoiarem um acordo que visa criar uma Palestina independente e um Israel seguro no período de um ano.
O presidente norte-americano também pediu a Israel uma extensão da moratória sobre a construção de novos colonatos na Cisjordânia, que expira no domingo, e, que, segundo Obama, "criou uma diferença no terreno e melhorou a atmosfera nas negociações".
Sobre o dossier nuclear iraniano, Obama garantiu que uma solução diplomática ainda pode ser alcançada com o Irão. "A porta da diplomacia continua aberta para o Irão", se esse país aceitar cumprir os compromissos internacionais e renunciar ao enriquecimento de urânio, salientou.
Obama defendeu que o governo de Teerão "deve demonstrar um compromisso claro e credível e confirmar as intenções pacíficas do programa nuclear".
No seu discurso, Obama também abordou a recuperação económica mundial e as guerras no Iraque e no Afeganistão.
O chefe de Estado norte-americano garantiu que os EUA, com a saída da maioria das tropas do Iraque, "reposicionaram e intensificaram" os seus esforços para combater "de uma forma mais eficaz a violência da rede terrorista al-Qaeda".
No Afeganistão, Barack Obama explicou que os EUA e as forças internacionais estão a trabalhar para quebrar o avanço dos talibãs e a desenvolver as diligências necessárias para preparar o governo de Cabul para que este possa assumir a responsabilidade pela sua própria segurança em 2011.
No plano económico, Obama reiterou que uma das suas prioridades do seu mandato tem sido "resgatar a economia do abismo" e implementar medidas para que uma crise destas "nunca volte a acontecer".