O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou que o seu Governo tomou "todas as precauções" perante a possibilidade de um ataque terrorista da al-Qaeda, que classificou como "bastante importante".
Corpo do artigo
Obama rejeitou que os Estados Unidos tenham exagerado esta eventual ameaça, no seu primeiro comentário ao assunto durante uma entrevista ao programa "The Tonight Show", apresentado por Jay Leno e que será emitido esta quarta-feira à noite.
O presidente norte-americano não especificou se a ameaça, que mantém encerradas cerca de 20 embaixadas e consulados dos Estados Unidos no mundo muçulmano, foi descoberta graças aos programas de espionagem das comunicações geridos pela Agência de Segurança Nacional (NSA) que foram dados a conhecer pelo ex-técnico Edward Snowden.
Segundo funcionários do Governo norte-americano, citados sob anonimato na terça-feira pela cadeia ABC, as autoridades norte-americanas estão preocupadas com uma nova geração de explosivos líquidos que a al-Qaeda poderá usar num eventual ataque.
De acordo com as mesmas fontes, a roupa molha-se num líquido e, depois de seca, transforma-se em explosivo e esta nova geração de explosivos não é detetada pelas medidas de segurança atuais.
As autoridades norte-americanas consideram que esta nova técnica foi desenvolvida pela al-Qaeda na Península Arábica, com sede no Iémen.
Os Estados Unidos apontaram na terça-feira o Iémen como possível foco de alerta terrorista, que levou ao encerramento de cerca de 20 embaixadas e consulados, tendo os norte-americanos sido aconselhados a abandonar "imediatamente" esse país, medidas que o Reino Unido também adotou.
Fontes oficiais norte-americanas indicaram que o alerta surgiu na sequência de várias mensagens eletrónicas entre o líder da al-Qaeda e o chefe da al-Qaeda na Península Arábica, que alegadamente falaram no domingo sobre um ataque. O Departamento de Estado norte-americano não comentou estas informações.
Nos últimos dez dias, o Governo norte-americano autorizou uma série de ataques com aviões não tripulados (drones) no Iémen para procurar evitar qualquer plano terrorista, segundo fontes citadas pelo "The Washington Post".