A UE está convencida de que Assad usou armas químicas e a Alemanha assina o "apelo dos 112 contra a Síria. Obama tenta agora conquistar a oposição parlamentar e popular, em vésperas do 11 de setembro.
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No seu discurso semanal na rádio, este sábado, Obama pediu aos membros do Congresso que não "fechem os olhos" ao uso de armas químicas na Síria. "Nós somos Estados Unidos. Não podemos ficar cegos diante das imagens da Síria.
À conquista de votos
Barack Obama pediu aos membros do Congresso que debatam a questão e que votem para autorizar o uso da força. Os congressistas regressam amanhã de férias.
Embora o principal argumento seja a necessidade de responder ao uso de armas químicas para segurança dos Estados Unidos e dos seus aliados, também está em jogo o futuro do presidente e a credibilidade do país, o que dificulta e torna ainda mais imprevisível o resultado da votação.
Um alto-responsável republicano da Câmara dos Representantes disse que o voto ocorrerá "nas duas próximas semanas".
Depois de amanhã, vésperas do 11 de setembro, Barack Obama falará aos norte-americanos. Segundo a última sondagem da Reuters/Ipsos, o povo norte-americano opõe-se fortemente em envolver-se em outro conflito no Médio Oriente (56% contra 19%).
UE apoia resposta à Síria
Este sábado, os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus foram unânimes ao condenar o ataque químico na Síria e defender uma resposta "clara e contudente."
A alta-representante da União Europeia para a política externa anunciou que para os 28 ministros europeus, o ataque químico do passado dia 21 de agosto foi "um crime horrível contra a Humanidade", havendo sinais "fortes" que apontam para a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad.
Catherine Ashton pediu que o relatório da ONU sobre o ataque químico na Síria seja divulgado o mais breve possível.
E a Alemanha também decidiu juntar-se ao grupo de 11 países do G20 que defendem uma "resposta internacional firme" contra o uso de armas químicas na Síria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, explicou que a Alemanha não assinou a declaração emanada do G20 porque queria "ter a oportunidade de fazer uma consulta primeiro ao nível europeu".
A declaração conta com o apoio da Austrália, Arábia Saudita, Canadá, Espanha, França, Itália, Japão, Reino Unido, Coreia do Sul, Turquia e dos EUA.