O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou esta quinta-feira que as motivações dos autores do tiroteio de quarta-feira em San Bernardino, no estado da Califórnia, ainda são desconhecidas, admitindo que a pista de terrorismo é uma possibilidade.
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Nesta fase, não sabemos porque este acontecimento terrível aconteceu", disse Obama, numa declaração a partir da Sala Oval (gabinete do Presidente norte-americano), na presença do Conselho de Segurança Nacional.
O tiroteio aconteceu na quarta-feira num centro de assistência a portadores de deficiência em San Bernardino, provocando 14 mortos e 21 feridos.
As autoridades norte-americanas identificaram um homem e uma mulher, mortos durante uma troca de tiros com a polícia, como os presumíveis autores do tiroteio.
"Sabemos que as duas pessoas que foram mortas estavam equipadas com armas e que aparentemente tinham acesso a outras armas nas suas casas", referiu o chefe de Estado norte-americano.
Mas sobre as motivações que desencadearam o tiroteio, Obama indicou que ainda são uma incógnita.
"Não sabemos porque fizeram isto, não sabemos as suas motivações", prosseguiu o Presidente, admitindo que várias pistas estão a ser equacionadas.
"É possível que esteja relacionado com terrorismo, mas não sabemos. É também possível que esteja relacionado com questões do local de trabalho", afirmou Obama, precisando que a polícia federal norte-americana (FBI) está a conduzir a investigação deste caso.
O Presidente norte-americano decretou quatro dias de luto nacional e ordenou que as bandeiras dos Estados Unidos na Casa Branca e em todos os edifícios públicos (edifícios governamentais, embaixadas e instalações militares) sejam colocadas a meia-haste num sinal de respeito para com as vítimas do tiroteio. A medida será aplicada até à próxima segunda-feira.
Ainda na declaração na Sala Oval, Obama afirmou que o país tem de refletir e tomar medidas para que deixe de ser "demasiado fácil" perpetrar um tiroteio, num novo apelo presidencial para que exista um maior controlo sobre o uso de armas.
"Temos de refletir como membros de uma sociedade, para dar passos básicos que tornem mais difícil, e não mais fácil" que pessoas que "querem provocar danos" consigam armas de fogo, reiterou o chefe de Estado norte-americano.