O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, voltou, esta sexta-feira, a manifestar com veemência a solidariedade do país face à França após os ataques jiadistas em Paris e sublinhou os "valores universais" que unem os dois países.
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Num discurso no estado do Tennessee, sudeste dos Estados Unidos da América, Obama sublinhou o valor da "liberdade" e comprometeu-se em oferecer toda a assistência no combate à ameaça dos militantes islamitas.
"Queremos que o povo da França saiba que os Estados Unidos estão hoje convosco, e estarão convosco amanhã", disse Obama, quando considerou a França "o mais velho aliado" do seu país.
"No momento em que ocorreram estes nefastos ataques, mobilizamos todos os nossos meios judiciais e as operações dos serviços de informações para fornecer todo o apoio necessário aos nossos aliados para enfrentarem este desafio", acrescentou Obama.
O presidente dos EUA exprimia-se algumas horas após o fim da crise que se iniciou com o massacre de 12 pessoas no semanário satírico francês Charlie Hebdo e que culminou esta tarde nas ações policiais a dois locais onde decorriam tomada de reféns, matando os dois irmãos suspeitos de ataque ao jornal e pelo menos um outro cúmplice.
"Esperamos que esta ameaça imediata esteja resolvida. O governo francês continua a enfrentar a ameaça do terrorismo e deve permanecer vigilante. A situação é fluida", acrescentou Obama.
"O presidente Hollande tornou claro que tudo será feito para proteger o seu povo e penso que para nós é importante perceber que a França é o nosso mais velho aliado", sublinhou, e um dia após ter visitado a embaixada da França em Washington, onde assinou o livro de condolências.
A polícia francesa conseguiu resolver hoje as duas situações críticas relacionadas com o ataque de quarta-feira ao Charlie Hebdo, em que morreram 12 pessoas, matando os dois suspeitos do atentado e um homem que tinha feito reféns num supermercado em Paris.
Os dois irmãos, Saif e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao semanário satírico foram mortos hoje a meio da tarde por unidades de elite da polícia francesa em Dammartin-en-Goele, 40 quilómetros a norte de Paris.
Mais ao menos à mesma hora, cerca das 17 horas (16 horas em Portugal continental), a polícia francesa lançou o assalto ao supermercado 'kosher' (judaico) da Porta de Vincennes, no leste de Paris, matando o atacante e libertando vários reféns. Quatro outros reféns morreram.
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