O Presidente norte-americano, Barack Obama, ordenou que as forças enviadas para intervir contra Osama bin Laden fossem suficientemente fortes para enfrentar militarmente as forças paquistanesas, caso estas reagissem ao assalto.
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O Presidente norte-americano pôs a hipótese de um confronto com soldados paquistaneses dez dias antes do assalto de 1 de Maio: em consequência, dois helicópteros suplementares foram enviados para proteger o comando que interveio no complexo de Abbottabad, segundo altos responsáveis que pediram para não ser identificados.
"Alguns pensaram que nós poderíamos sair de uma situação difícil falando (com os soldados paquistaneses), mas devido às nossas dificuldades atuais com o Paquistão, o presidente não queria correr qualquer risco", referiu um dos responsáveis citados pelo jornal norte-americano New York Times.
"Ele (Obama) queria forças suplementares, caso fossem necessárias", adianta.
Também duas equipas de especialistas estavam prontas para agir: a primeira para enterrar o chefe da al Qaeda caso fosse morto e a segunda composta por especialistas em interrogatórios e tradutores, caso fosse necessário fazer detenções, adianta o jornal.
A última equipa encontrava-se provavelmente a bordo do porta-aviões Carl Vinson, no mar de Omã.
bin Laden que foi morto durante o assalto foi atirado para o mar, segundo responsáveis.
As informações do New York Times são publicadas num momento em que as relações entre os dois países aliados se estão a degradar.
O primeiro-ministro do Paquistão, Yusuf Raza Gilani, rejeitou na segunda-feira as acusações "absurdas" de eventuais cumplicidades oficiais com bin Laden, mas prometeu uma investigação, enquanto os Estados Unidos recusavam pedir desculpa pelo assalto efectuado em território aliado.