Oito pessoas foram esfaqueadas e a polícia deteve centenas durante o Carnaval de Notting Hill, no fim-de-semana passado, um dos maiores festivais de rua do mundo, que se realiza anualmente em Londres.
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A Polícia Metropolitana londrina informou, na segunda-feira, que cinco pessoas foram esfaqueadas no último dia da famosa celebração de três dias em Notting Hill.
Já no domingo, tinham sido registados três esfaqueamentos, que deixaram as vítimas em estado muito grave e em risco de vida, de acordo com as autoridades.
Os agentes efetuaram, pelo menos, 230 detenções na segunda-feira, incluindo 49 por posse de arma, para além das dezenas de detenções no dia anterior.
Foram apreendidas três armas de fogo e 35 polícias ficaram feridos durante o evento, que atrai anualmente cerca de um milhão de pessoas.
A violência foi semelhante ao ano passado, quando se registaram 10 esfaqueamentos e cerca de 300 detenções.
Centenas de milhares de pessoas encheram as ruas de Londres para o carnaval, enchendo o bairro de Notting Hill e os distritos vizinhos de cores, fantasias, dança e música.
Cerca de 7 mil agentes da polícia estiveram de serviço durante o evento, que tem sido constantemente marcado pela violência, nomeadamente por crimes que envolvem facas.
O vice-comissário adjunto do Met, Ade Adelekan, afirma estar “cansado de dizer as mesmas palavras todos os anos”, depois de uma mulher que assistia ao carnaval com o o filho ter sido esfaqueada. “Evitámos por pouco uma morte”,admite, apelando às pessoas que denunciem qualquer crime que testemunhem.
A celebração da cultura afro-caribenha britânica começou na década de 1950, após as primeiras chegadas das antigas colónias britânicas, depois da Segunda Guerra Mundial.
Dançarinos vestidos a rigor, bandas de música e sistemas de som de fazer tremer a terra fazem parte do vibrante evento anual.