Comissão Europeia apoiará voos de repatriamento.
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou hoje ao JN que já foram retirados oito dos pelo menos 11 cidadãos nacionais registados no Níger, dos quais dez manifestaram a intenção de sair do país, devido à escalada da violência após o golpe de Estado decorrido a 26 de julho.
Os portugueses foram retirados no âmbito da ação do Governo francês, que esta quarta-feira recebeu em Paris quatro voos de evacuação, totalizando quase mil pessoas transportadas desde o Níger. O Executivo francês referiu que foram também transportados cidadãos da Índia, Bélgica, Etiópia, Alemanha, Canadá, Líbano, EUA e Áustria, sem precisar os números.
Paris solicitou hoje à Comissão Europeia (CE) apoio nas operações de repatriamento, através do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. A CE confirmou que “estão a ser preparados outros voos” e que este mecanismo vai suportar 75% dos custos do transporte.
Em Roma, um avião da Força Aérea italiana aterrou hoje com 87 pessoas oriundas do Sahel, sendo a maioria cidadãos italianos.
Sem eletricidade
De acordo com a agência AFP, a Nigéria cortou o fornecimento de energia elétrica ao Níger, que depende do país contíguo em 70% da sua eletricidade. Desde terça-feira, a mais populosa nação africana “desligou a linha de alta tensão que transporta a energia elétrica” ao território nigerino, segundo uma fonte da empresa de energia do Níger, Nigelec, citada pela agência noticiosa francesa.
A junta militar, que depôs o presidente Mohamed Bazoum, nomeou ontem oito membros das Forças militares como governadores para as várias regiões do país.