A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu suprimir das suas estatísticas a separação entre países endémicos e não endémicos quanto ao vírus do monkeypox.
Corpo do artigo
"Suprimimos a distinção entre os países endémicos e os países não endémicos, e apresentamos os países todos juntos quando for possível, de forma a refletir a resposta unificada que é necessária", indicou a OMS no seu boletim de sexta-feira, enviado hoje à comunicação social.
O documento, citado pela agência France-Presse, indica que desde o início do ano a até 15 de junho há "um total de 2103 casos confirmados, um caso provável e uma morte" que foram assinalados pela OMS em 42 países.
No dia 23 de junho, a organização sediada em Genebra vai avaliar se o surto atual representa uma "urgência de saúde pública de dimensão internacional", o seu nível mais alto de alerta.
A região europeia está no centro da propagação do vírus, com 1773 casos confirmados, 84% do total mundial.
Os casos do vírus monkeypox em zonas onde a doença não é endémica superam os 2000 em 36 países, segundo a OMS, numa catalogação feita ainda com a separação que hoje se suprime.
Segundo o documento citado pela agência Efe, os países com mais casos confirmados são o Reino Unido (524 contágios), Espanha (313), Alemanha (263), Portugal (241), Canadá (159) e França (125), sendo a Europa a região mais afetada, com 26 países com casos positivos.
Na América, além dos casos registados no Canadá, confirmam-se 72 nos Estados Unidos, cinco no México e Brasil, três na Argentina e um na Venezuela.
Quanto à África central e ocidental, de onde a doença é endémica, este ano já se confirmaram 64 contágios, ainda que se tenham registado mais de 1400 casos suspeitos.