A Organização Mundial de Saúde lançou, este domingo, um apelo internacional urgente para arrecadar 10 milhões de dólares (7,8 milhões de euros) para garantir o fornecimento, nos próximos três meses, de medicamentos e equipamentos médicos essenciais para Gaza.
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"A OMS lança um apelo à comunidade internacional e regional para um apoio financeiro urgente para fornecer medicamentos essenciais (que salvam vidas), face à escassez dos stocks, bem como equipamentos médicos de emergência para tratar os feridos e os doentes crónicos", disse a organização em comunicado, citado pela AFP.
A organização diz estar "profundamente preocupada pela escalada da situação na faixa de Gaza e em Israel, pelo impacto que está a ter sobre a saúde e a vida da população civil na região".
Em Gaza, "um grande número de feridos foram admitidos nos hospitais com queimaduras graves, ferimentos causados pelo colapso de edifícios e traumatismos cranianos", continua.
Desde o início da operação militar israelita "Pilar de Defesa", na quarta-feira, 46 palestinianos e três israelitas foram mortos, enquanto perto de 400 palestinos e 18 israelitas ficaram feridos.
Perto de metade dos palestinianos assassinados são civis, incluindo seis crianças e três mulheres, de acordo com fontes médicas e organizações de defesa dos direitos humanos.
As autoridades de saúde em Gaza declararam "estado de emergência" em todos hospitais, de acordo com a OMS, que sublinha que o território palestiniano (antes do último ataque israelita desta manhã) já tinha falta de "medicamentos essenciais" devido ao "cerco de Gaza".
O stock de 192 medicamentos (40% da lista de medicamentos essenciais) e de 586 equipamentos de emergência descartáveis (65% da lista essencial) estão já esgotados, precisou a OMS, acrescentando que as intervenções cirúrgicas não urgentes estão a ser adiadas devido à falta de produtos para as anestesias.