A Organização Mundial de Saúde pediu, esta sexta-feira, a abertura de um corredor humanitário em Gaza para evacuar feridos e levar medicamentos à população.
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"O corredor humanitário deverá ser criado de forma a proteger a movimentação segura de pacientes até pontos de saída de Gaza de forma a poderem receber tratamento médico", afirmou a agência das Nações Unidas para a saúde numa declaração.
Paralelamente, "o transporte de ajuda essencial deve ser facilitado nos pontos de trânsito entre Gaza e Israel e os países vizinhos", defendeu a OMS.
Quatro hospitais do território palestiniano sofreram danos desde o início da ofensiva militar no passado dia 8 de julho, confirmou a OMS, que sublinhou o aumento diário de feridos devido aos bombardeamentos aéreos e à incursão terrestre do exército israelita.
O hospital de Al Aqsa foi o último a ser adicionado à lista após ser "alvo direto de um bombardeamento, resultando em mortos e feridos e danificando severamente a área cirúrgica e de cuidados intensivos, além de equipamento para salvar vidas".
Também 12 clínicas, dez ambulâncias, um centro especializado para pessoas incapacitadas e duas estações de dessalinização de água foram destruídos.
"Todos os dias mais hospitais, clínicas e ambulâncias são danificados, destruídos e tornados impossíveis de utilizar, reduzindo cada vez mais a capacidade do sistema de saúde para tratar o crescente número de feridos", precisou a OMS.
O Programa Mundial de Alimentos, outra agência das Nações Unidas, informou que consegui entregar alimentos de emergência a 160 mil pessoas em Gaza, além das 285 mil a quem habitualmente atribui alimentos.
O primeiro valor implica um aumento de 50 mil alimentos em dois dias, informou o porta-voz da agência, Elizabeth Byrs, em Genebra.
A UNICEF, o Fundo da Nações Unidas para a Infância, afirmou que dez meninos palestinianos foram mortos nas últimas 24 horas por ataques militares israelitas, de um total de 100 mortos nesse espaço de tempo.