Onda migratória cresce dez anos após naufrágio com quase 400 mortos em Lampedusa
Tragédia em Lampedusa provocou 368 mortos. Ilha italiana recebeu milhares de imigrantes em setembro, enquanto Bruxelas quer impedir saída de barcos da Tunísia.
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A tragédia que pôs em foco a imigração irregular no mar Mediterrâneo completa hoje dez anos. A 3 de outubro de 2013, uma embarcação com mais de 500 pessoas oriunda de Trípoli, numa Líbia devastada pela guerra civil, naufragou ao largo da ilha italiana de Lampedusa. Um total de 368 imigrantes, a maioria de origem etíope e eritreia, morreu no desastre.
Uma década depois, o cenário devastador continua: mais de 2500 pessoas morreram ou foram dadas como desaparecidas após tentarem realizar a travessia este ano - até o dia 24 de setembro -, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). “Este número representa um aumento de dois terços, em comparação com 1680 pessoas no mesmo período de 2022”, afirmou Ruven Menikdiwela, diretora do Escritório do ACNUR em Nova Iorque, citada pela agência Lusa.