
Distribuição de alimentos na Jamaica
Foto: Ricardo Makyn / AFP
Cerca de seis milhões de pessoas foram afetadas pela passagem do furacão de categoria 5 Melissa pelas Caraíbas, segundo a ONU, que já mobilizou as suas agências e recursos adicionais para dar resposta de emergência.
Corpo do artigo
Um responsável do Programa Alimentar Mundial (PAM), Alexis Masciarelli, destacou a partir de Kingston, a capital da Jamaica, que "neste momento a nossa prioridade é chegar às zonas mais isoladas".
O PAM iniciou programas de emergência para a distribuição de alimentos às famílias mais afetadas e espera-se a chegada de abastecimentos adicionais nos próximos dias. Uma das paróquias mais atingidas foi a de Santa Elizabeth, zona considerada o celeiro da Jamaica. Casas e culturas ficaram destruídas e muitas comunidades ainda estão incomunicáveis e sem fornecimento elétrico.

Foto: Orlando Barria/EPA
Até ao momento, foram distribuídos kits de alimentos a 1500 famílias. Cada uma recebeu arroz, lentilhas, peixe e carne enlatados e óleo vegetal.
Espera-se que outros dois mil kits cheguem de Barbados por via aérea nas próximas horas. O objetivo do PAM é prestar assistência a 200 mil pessoas apenas na Jamaica, para responder às necessidades urgentes de alimentos.

Foto: Orlando Barria/EPA
Em Cuba, o furacão provocou inundações, cortes de eletricidade e danos significativos. A distribuição de alimentos já alcançou 181 mil pessoas alojadas em abrigos e o objetivo é prestar assistência a um total de 900 mil.
No Haiti, o país com mais vítimas, o furacão causou danos significativos na infraestrutura da região sul. O PAM já entregou assistência a 12.700 pessoas e o objetivo é chegar a 190 mil nas próximas duas semanas, com kits de alimentos para duas semanas. Posteriormente, será entregue ajuda em dinheiro mensal para impulsionar a recuperação.
Masciarelli alertou que ainda há muitas pessoas às quais não se conseguiu chegar e sublinhou que a resposta deve ser "uma maratona muito longa para a recuperação".
Na quarta-feira passada, o PAM lançou um pedido de 74 milhões de dólares (cerca de 64,2 milhões de euros) para ajuda de emergência a 1,1 milhão de pessoas na região caribenha, números que poderão ser insuficientes.
