O Conselho de Segurança da ONU vai aguardar que os militares golpistas na Guiné-Bissau acatem as exigências feitas esta sexta-feira, incluindo reposição da ordem constitucional, antes de decidir próximos passos em relação ao país, disse o embaixador de Portugal na ONU.
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"Para já não há nenhum próximo passo, este passo já é um passo muito expressivo", afirmou o diplomata, Moraes Cabral, após a aprovação de uma declaração do Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau.
A declaração exige que os militares golpistas na Guiné-Bissau "libertem imediatamente" Carlos Gomes Júnior e Raimundo Pereira, líderes políticos detidos no golpe de quinta-feira, e o "imediato restauro da ordem constitucional e do governo legítimo para permitir a conclusão do processo eleitoral em curso, incluindo eleições legislativas".
"Há um apelo claro do Conselho de Segurança para a reposição da normalidade constitucional e ordem pública, é isso que todos nós esperamos que os revoltosos na Guiné-Bissau façam e acatem este apelo e condenação inequívoca da ONU", adiantou o embaixador português.
"Depois veremos com os nossos parceiros da comunidade internacional, organizações internacionais, quais as melhores formas de contribuir para consolidação da democracia na Guiné-Bissau", disse Moraes Cabral.