O governo português quer que os emigrantes rumem a Portugal no verão e a Comissão Europeia já desenhou um plano para que os europeus possam ir de férias. Mas ainda falta abrir fronteiras, pôr aviões no ar, e garantir a segurança dos veraneantes.
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Após quase dois meses de confinamento, os emigrantes portugueses desesperam por ir à terra, mas é cedo para fazer malas. A maneira como poderão fazer a viagem começa a ser desenhada, mas os pormenores ainda não são claros. Para já, há várias fronteiras terrestres que permanecem fechadas e embora oficialmente o espaço aéreo não esteja encerrado dentro da área Schengen, é incerto como irão as operadoras funcionar - estando muitas à beira da falência, outras a recusarem aceitar a regra do banco do passageiro do meio retirado, como é o caso da Ryanair.
Na Europa, tal como em muitos outros aspetos do regresso a uma certa normalidade, que se começou a ensaiar com o desconfinamento geral, também a migração de verão vai ser definida e pensada em fases. A 20 de abril, a Comissão Europeia anunciou que estava a desenhar um plano para garantir as férias possíveis aos cidadãos europeus e esse plano deverá ser anunciado nos próximos dias. Será um processo faseado e longo de recuperação da liberdade de movimentos dentro do espaço garantido pelo Tratado de Schengen, e que a pandemia cortou de um dia para o outro.
Até dia 15 de junho, pelo menos, todo espaço europeu continuará fechado a países terceiros, mas a possibilidade de os europeus atravessarem as fronteiras internas começa a ser estudada. Poderá ser necessário fazer um teste ou morar numa "zona verde" para haver permissão de passagem. Garantido é que o levantamento gradual das restrições às viagens irá depender da evolução epidemiológica nos vários países que, no geral, estão a ter uma evolução positiva, com a queda das contaminações. No entanto, a situação continua a ser vista a nível europeu como altamente instável.
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