Pelo menos 27 talibãs e dois soldados internacionais morreram desde o início do grande assalto militar da OTAN a um bastião de insurrectos na província meridional afegã de Helmand.
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O porta-voz do governador de Helmand, Daud Ahmadi, explicou que as forças internacionais e afegãs capturaram até agora 2500 quilos de explosivos no âmbito da ofensiva "Operação Moshtarak" contra a localidade de Marjah, com 80 mil habitantes e onde se escondem centenas de rebeldes.
Ahmadi detalhou que, desde a madrugada de sexta-feira, altura em que 15 000 efectivos da força conjunta iniciaram a operação, foram mortos 27 talibãs e morreram dois soldados estrangeiros, embora sem especificar a sua nacionalidade nem as circunstâncias.
O Ministério da Defesa britânico confirmou no sábado o falecimento de um dos seus soldados em Nad Ali, área próxima de Marjah e importante núcleo da revolta talibã que as tropas internacionais tentam controlar desde há meses.
Em comunicado, a Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), missão militar sob comando da OTAN, referiu que as tropas se posicionaram em zonas adjacentes de Marjah com apoio de helicópteros militares e aviões C-130 e A-10.
A ISAF afirma ter realizado no primeiro dia de operações duas "shuras" (assembleias) com notáveis afegãos para discutir a situação em Nad Ali e Marjah, mas sem fornecer detalhes sobre os avanços militares ou número de baixas durante os combates.
Na Operação Moshtarak, a maior em números de soldados desde a queda do regime dos talibãs em 2001, participam mais de 5 000 efectivos norte-americanos, 2 000 afegãos e um amplo contingente britânico apoiados por soldados da Dinamarca, Estónia e Canadá.
O objectivo é estrangular o único núcleo significativo que os talibãs controlam por completo em Helmand e consolidar a presença das forças internacionais e afegãs ao longo do rio Helmand, em redor do qual se aglomeram a população e os campos de cultivo.
Tanto em Helmand como em todo o eixo Sul/Este afegão predomina a etnia pashtun, a que pertencem os talibãs.