Líderes da oposição brasileira afirmaram que a decisão do Partido do Movimento Democrático Brasileiro de sair da coligação de governo sinaliza que o processo de destituição (impeachment) da Presidente Dilma Rousseff será aprovado.
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O deputado Pauderney Avelino, do partido Democratas, enfatizou este ponto ao sublinhar que "o Governo está cada vez mais fragilizado e a saída do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) representa o seu fim".
Avelino também frisou que Dilma Rousseff perdeu "todas as condições de governar" e, diante deste facto, vai ser difícil impedir a saída de outros partidos da coligação aliada.
"Qualquer barganha que o governo possa utilizar nesta fase final não surtirá efeito", sustentou.
O Deputado Antonio Imbassahy, líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na Câmara, sigla que faz a oposição mais direta ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, também comentou que a decisão reforça o processo de destituição.
"O Governo estava em agonia e perde o principal parceiro que dá sustentação a ele", declarou.
Na página oficial do partido Solidariedade, um comunicado também apresenta declarações do deputado Paulinho da Força sobre esta nova conjuntura.
"Agora não tem jeito, o 'impeachment' é inevitável! Não é justo e democrático os presidentes dos partidos segurarem seus deputados e os obrigarem a votar contra a vontade dos brasileiros. Devemos satisfação para nossos eleitores. A saída do PMDB e, consequentemente, de outros partidos, é o tiro de misericórdia", declarou.
Na terça-feira à tarde, membros do diretório nacional do PMDB anunciaram a saída do partido da coligação de governo em uma decisão tomada por aclamação.