Organização apela às novas autoridades líbias para travarem maus-tratos a prisioneiros
A Human Rights Watch apelou, este sábado, às novas autoridades líbias para impedirem os grupos armados partidários do novo regime de infligir maus-tratos aos prisioneiros apoiantes de Muammar Kadafi.
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Alguns detidos afirmam que foram vítimas de espancamento e choques eléctricos e que têm cicatrizes que provam esses actos de violência.
O tratamento dos prisioneiros apoiantes de Kadafi transformou-se num teste para o governo de transição na Líbia, enquanto tenta controlar os jovens que lutaram na guerra civil que derrubou o regime de Muamar Kadafi, que recusam agora depor as armas.
A organização nova-iorquina de direitos humanos disse que visitou na sexta-feira 20 centros de detenção em Tripoli e entrevistou 53 detidos, incluindo 37 líbios e 16 africanos subsaarianos.
"Depois de tudo o que os líbios sofreram em prisões de Muammar Kadafi, é desanimador que algumas das novas autoridades estejam a submeter os detidos a espancamentos e prisões arbitrárias", disse Joe Stork, director regional da organização.